Redescobrindo as Raízes: Uma Jornada à Vila dos Ancestrais – Parte II
Uma Recepção Aconchegante:
As crianças e os jovens da vila nos acolheram com uma empolgação incontida. Seus olhos brilhavam de curiosidade e admiração, refletindo minha própria ansiedade em aprender. Mama Zumba, a anciã que nos recebeu gentilmente em sua casa, cozinhou para nós e compartilhou sua sabedoria com amor e generosidade.
Havia apenas uma pessoa na vila que conseguia lembrar-se de minha avó. Infelizmente para nós, aquela geração já não estava mais presente na vila. No entanto, ainda fomos recebidos como pessoas que haviam retornado para casa.
Sempre inspirada pela juventude.
Enquanto nos aprofundávamos em conversas sobre cultura, pude aprender muito sobre o papel dos nossos ancestrais na preservação da terra e como ela é fundamental para todos os aspectos da vida.
1) Crianças pegando água do rio para o dia 2) Mama Zumba socando inhame 3) Experimentando Gingenga (fruta).
Intrigada, busquei entender mais sobre as plantas específicas que os sustentavam, seus usos tradicionais e sua importância no dia a dia. As conversas passaram das práticas agrícolas de cultivo de alimentos para o cultivo de tabaco e cannabis, além da abundante variedade de frutas que adornavam suas mesas.
Uma Experiência Profunda:
Os dias se desenrolaram com uma sensação surreal de maravilhamento. À medida que a notícia se espalhou, os anciãos das aldeias vizinhas vieram nos visitar, criando uma ponte entre as gerações e nos unindo em uma busca compartilhada por conhecimento e conexão. Nos encontramos ensinando as crianças a contar em inglês, trocando risos e alegria no processo. A hospitalidade recebida foi avassaladora, e cada encontro me deixou humilde pela calorosa e genuína bondade das pessoas.
Fomos guiados de volta ao local exato onde a vila de nossos ancestrais existia. Lá, nos mostraram os limites completos de seu território e nos lembraram da nossa responsabilidade com a terra.
O rio, a única fonte de água da vila, atravessa a terra.
Um Vislumbre do Passado, uma Visão para o Futuro:
Essa jornada foi transformadora, não apenas pelo conhecimento adquirido, mas também pelo profundo senso de pertencimento e de responsabilidade que se enraizou em mim. Aprendi mais sobre o legado cultural que foi transmitido de geração em geração, e senti o chamado para preservá-lo e compartilhá-lo com as futuras gerações, começando pelos meus filhos.
Eu aprendi muito com os jovens que estavam ansiosos para compartilhar e ensinar
A experiência destacou a importância da nossa terra e os direitos fundamentais que a acompanham. Também foi um lembrete do dever de proteger e honrar um legado e uma herança.
Reflexões finais:
Ao refletir sobre essa jornada notável, sou tomada por uma imensa gratidão pela oportunidade de me reconectar com a terra de meus ancestrais e descobrir os tesouros ocultos do nosso passado. A jornada me proporcionou uma riqueza de informações e um renovado senso de propósito.
Mama Zumba
Ela me lembrou que as histórias dos nossos ancestrais não são apenas memórias desbotadas, mas fios vivos e pulsantes que continuam a tecer o tecido da nossa existência. Armado com esse conhecimento recém-adquirido, agora embarco no próximo capítulo da minha vida, ansioso para abraçar minha herança e contribuir para o legado daqueles que vieram antes de mim.