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Héritier Lumumba reivindicou seu nome
e encontrou força na história africana.
Isso vai mudar o Collingwood e a AFL?
Em 31 de maio de 2020, uma multidão tomou as ruas do distrito de Fairfax, em Los Angeles. Cinco helicópteros da polícia sobrevoavam suas cabeças. Dois carros da polícia de Los Angeles foram incendiados e queimaram.
Dias antes, o mundo havia assistido aos últimos suspiros de George Floyd. Agora, as emoções atingiam o ponto de ebulição — a raiva se manifestava em uma cacofonia de protestos. A tropa de choque chegou com balas de borracha, cassetetes e gás lacrimogêneo.
Héritier Lumumba nos fez sentir
incomodados, e a partir disso
temos muito a aprender
No futebol, os cães ladram e a caravana passa. Sempre há a próxima semana. Sempre surge um novo herói, um novo vilão, uma nova indignação. Por anos, o Collingwood esperou, ou presumiu, que Héritier Lumumba simplesmente desapareceria. Ele vivia do outro lado do mundo. A maioria dos principais envolvidos na controvérsia já não estava mais no clube. O Collingwood havia se posicionado como uma organização mais progressista.
Aos 8, era chamado de 'macaco' em
campo, diz brasileiro que denunciou
racismo na Austrália
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Se a AFL é uma organização "líder" no
combate ao racismo, por que ela
não enfrenta o racismo que eu sofri?
Eu amava jogar futebol. Dei 12 anos da minha vida para jogar o jogo profissionalmente. Mas esses anos também foram marcados pela dor de estar preso em uma cultura que aceitava o racismo por meio de uma combinação de ignorância, hábito e arrogância. No final, a mensagem para um jovem negro como eu era clara: eu só tinha valor se não desafiasse o status quo. Nas últimas semanas, revivi os eventos que marcaram meus últimos anos no futebol.
‘De que lado da história você estará?’: A
poderosa carta aberta de Lumumba para
seus ex-companheiros de time da AFL.
Após a publicação feita ontem nas redes sociais direcionada ao seu ex-clube Collingwood, Héritier Lumumba escreveu hoje uma carta aberta aos seus ex-companheiros de time, compartilhada com exclusividade pelo foxfooty.com.au.
Atualmente com 33 anos e morando em Los Angeles, ele pediu ao seu ex-clube que “reconheça publicamente” que suas “experiências de racismo foram tratadas de forma inadequada, o que causou ainda mais danos.”
Por que não conhecemos a
fantástica história do brasileiro
Héritier Lumumba?
Em entrevista ao podcast Ubuntu Esporte Clube, o ex-jogador de futebol australiano conta em detalhes a sua luta contra o racismo, que derrubou o presidente do clube e abalou as estruturas do esporte mais popular da Austrália. Entretanto, seu caso ainda é pouco conhecido no Brasil
Mas a parte agradável desse roteiro da vida real para por aí. Em entrevista ao podcast Ubuntu Esporte Clube, Lumumba contou que o caminho entre a imigração e o estrelato foi pavimentado com muita discriminação, dor, coragem e resiliência.